"(...) Um cheiro de paz risonha do encontro do que é bom!"

terça-feira, 26 de outubro de 2010


Queria, primeiramente, dizer que estou decepcionada com a aparente falta de conteúdo dos nossos candidatos. Essa sensação já tinha se apoderado de mim há algum tempo, mas não sei por que, resolvi discorrer sobre isso só agora. Esclarecendo que não apoio nem um nem outro, apoio a DEMOCRACIA, E O AVANÇO DO PAÍS, por isso vou ser Marina Silva até o fim!
 Ontem, vendo o debate DEPRIMENTE entre Serra e Dilma na rede Record, percebi que infelizmente o nível dos debates vem caindo drasticamente, o que é consequência da baixaria que vem se tornando a política brasileira. O povo elegeu um palhaço, literalmente, e agora estamos vendo o segundo turno virar um campeonato de alfinetadas entre ambos os candidatos. Não sei, sinceramente, mais do que se tratam as propostas por que os candidatos não se atem mais a elas. Serra fala como se Dilma fosse Erenice, ou no mínimo como se fossem farinha do mesmo saco, enquanto a dita cuja exalta o tempo inteiro o fato de Serra ter dito não conhecer Paulo Preto, e o fato de não ter cumprido os quatro anos de mandato como prefeito de São Paulo. Ambos aparentemente perderam todos os seus argumentos e caem agora no jogo de acusações mutuas. O triste de tudo isso é que um deles irá governar nosso país, o triste é perceber que INFELIZMENTE é a hipocrisia que vai governar a partir daqui. Enfim, só queria expor minha tristeza em relação à política que principalmente entre nós, jovens, vem caindo no esquecimento ou na indiferença, e dizer que não adianta botar milhões de botons nas camisas, pintar a cara, defender um partido ou candidato e depois que a eleição acaba esquecer de tudo, essas pessoas se chamam falsas moralistas. Política se faz dia-a-dia minha gente!
O texto a seguir é de Arnaldo Jabor.


“Estamos vivendo um momento grave de nossa história política em que
aparecem dois tumores gêmeos de nossa doença: a união da direita do
atraso com a esquerda do atraso.
O Brasil está entregue à manipulação pelo governo das denúncias, provas
cabais, evidências solares, tudo diante dos olhos impotentes da opinião
pública, tapando a verdade de qualquer jeito para uma espécie de "tomada
do poder". Isso; porque não se trata de um nome por outro - a ideia é
mudar o Estado por dentro.
Tudo bem: muitos intelectuais têm todo o direito de acreditar nisso.
Podem votar em quem quiserem. Democracia é assim.
Mas, e os intelectuais que discordam e estão calados? Muitos que sempre
idealizaram o PT e se decepcionaram estão quietinhos com vergonha de
falar. Há o medo de serem chamados de reacionários ou caretas.
Há também a inércia dos "latifúndios intelectuais". Muitos acadêmicos se
agarram em feudos teóricos e não ousam mudá-los. Uns são benjaminianos,
outros hegelianos, mestres que justificam seus salários e status e, por
isso, não podem "esquecer um pouco do que escreveram" para agir. Mudar é
trair... Também não há coragem de admitirem o óbvio: o socialismo real
fracassou. Seria uma heresia, seriam chamados de "revisionistas", como
se tocassem na virgindade de Nossa Senhora.”

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